quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Encontrei

Eu sou vento. Eu sou livre.
Eu sou a sede que te bate.
Eu sou o sossego da rede.
Eu voltei. Acordei de um sono profundo
Eu havia arruinado meus pedaços
As minhas partículas haviam se difundido
Demorei muito tempo para encontrar todas elas
Mas encontrei
E voltei.
Sou eu. Me reconheço. Me lembro.
Eu era pura prolixidade.
Agora sou só liberdade.
Sou o sono que vem da brisa.
O descanso profundo.
Eu sou a marca do travesseiro deixada no rosto de um sono pesado.
Não sou mais fardo e cansaço.
Renasci da custódia de existir
Agora sou sábio
Enxergo o inadequado
E o tempo escorreu pelas minhas mãos como água
Eu não sou mais parte de um.
Sou eu. Um meu. Eu meu.
Não gasto mais um minuto se quer
do tempo invisível
se não for para ser... eu.

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