quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Timbre



É o timbre que se dá nas minhas cordas vocais
tudo que passa por ele, acho até que é nele que me deito
Viajo em suas fantasias
Vivo na mesma melodia
O timbre da minha voz traz a raiva.
O medo
E que medo...
De que adianta guerrear por um pedaço de terra?
Vou parecer uma selvagem?
De que adianta se o senhor que lá mora
apesar de não tê-la, ainda comanda.
De que adianta derramar as lágrimas ensanguentadas
por pura impotência de não mandar em seu exército

Se lutar com exército fraco
saberá que lutará em vão

Existe um velho monge que costumava me dizer
Tens o que merece ter. Logo,
Não importa quantos você tenha para lutar ao teu lado
se em você tiver a marca da vitória...
És tu o ganhador da coroa
Mas, ainda não quero pensar assim
Prefiro ficar distraída!
Sempre no mesmo timbre.

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